segunda-feira, 19 de janeiro de 2015

Forbidden Desire - De voltá para o Canadá


Olivia Levine
      No momento em que pisei meus pés em solo canadense senti minha barriga se revirar por completo me dando a sensação de friozinho e dor. Sensações que eu não sentia há mais ou menos quatros anos quando sai daqui e fui morar em Nova Iorque. Mas agora estou de volta pra minha vida louca e conturbada que tinha antes de me tornar uma universitária na faculdade de Medicina.
      Minha mãe Julie, estava á minha espera no aeroporto – de acordo com a mensagem que recebi assim que o avião pousou. Eu estava com saudade dela. Desci do avião e peguei minhas malas com pressa. Quando adentrei o local cheio de pessoas avistei uma mulher baixa de cabelos loiros e deduzi ser a minha mãe. Assim que notou que eu andava em sua direção, abriu os braços e me abraçou forte me deixando sufocada.
      - Liv, veja como está linda – ela disse analisando meu rosto, segurando o mesmo com as mãos pequenas.
      - Olá dona Julia. – eu ri.
      - Dona não, eu já lhe disse pra não me chamar assim menina – ela bufou irritada. Minha mãe é a mulher mais linda na minha opinião, ela é muito jovem, atraente e muito sexy e ela diz que falar sobre a idade dela não é algo que lhe agrada.
      - Rum-rum – uma tossida falsa atrás de mim me fez dar um pulo. Quando virei pra trás lá estava ele. O dono dos olhos caramelados e um belo sorriso estampado em seu rosto. O cabelo loiro escuro em um perfeito topete como sempre e os dentes brancos alinhados perfeitamente como da última vez que o vi. Até as minúsculas manchinhas transparentes em seu pescoço não haviam mudado. Ele havia crescido e tinha ganhado mais músculos, Justin estava usando uma regata branca e uma calça que caia mostrando a sua bunda coberta pela cueca Calvin Klein branca. Suas mãos me puxaram para mais perto então fui de encontro com o seu peito. Sentir os batimentos de seu coração, que batiam freneticamente a cada segundo soaram como música. Abracei seu corpo contra o meu e sua boca foi de encontro com a minha nuca, depositando um beijo lá.
      - Justin – eu disse assim que me afastei. Percebi seus lábios se formarem um ‘’o’’ quando seus olhos foram pousados em meu corpo. Eu estava usando uma calça jeans escura, um saltinho preto e uma blusinha branca com botões transparentes. Meus cabelos loiros estavam soltos, enrolados e com as pontas batendo em meus ombros.
      - Liv – ele disse com um sorriso – Eu senti saudade.
Saudade. Eu sabia muito bem que saudades eram essas.
E pior: eu também estava com saudades dele.
- Eu também senti – eu sorri.
- Filha, eu vim te receber, mas agora preciso ir embora – ela disse pousando as mãos em meu ombro. Olhei de canto de olho para ela então me virei.
- Por que não mãe? Pra onde você vai? – perguntei incrédula. Ah, e outra regra básica de convivência com a minha mãe: não a chame de senhora e sim de você.
- Filha, desculpe, mas eu estou saindo do país por causa do trabalho. Eu queria muito ficar, mas infelizmente não dá. – ela disse tristonha.
- Mas mãe! – fiz bico.
- Filha desculpe – ela disse me abraçando. Retribui o abraço.
- Mas então onde eu vou ficar? – perguntei e ouvi uma risada da parte de Justin. Oh não! Não não não!
- Na casa do Justin? – perguntei histérica. Não podia ser verdade. Da última vez que eu estive lá eu quase virei uma maníaca por sexo.
- Não é exatamente na casa dele, você sabe. A casa é do seu tio Adam querida, então a casa não é do Justin...
- Tanto faz mãe. Ele mora lá! – cruzei os braços e encarei Bieber que tinha o riso travado pelos lábios mordidos pelos dentes.
- Sim filha, mas será apenas por um tempo – ela disse calma. Ah, ótimo.
- E quanto tempo seria? – perguntei nervosa.
- Um mês e meio.
Ah que maravilha. Eu sai do Canadá decidida que eu nunca mais iria ficar na casa do tio Adam quando voltasse mas minha mãe sempre consegue estragar os meus planos.
Justin é o meu primo, filho do Adam, irmão da minha mãe, Julia. Mas Justin não é filho dele de verdade, ele foi adotado quando criança e esse nome ‘’Justin Bieber’’ veio com ele graças a mãe biológica dele que não sabemos quem é. Ela disse que queria que o filho tivesse esse nome em homenagem a alguém. Bom, voltando a história minha e do Justin... Quando ele completou dezesseis anos ele teve a maior festa da família Levine. Fizemos de tudo pra ele e o mesmo não pareceu feliz. Chegou no fim da festa, Justin me puxou em um canto – especificamente, o banheiro – e disse que queria que eu dormisse apenas por aquela noite pois queria fazer uma brincadeira comigo. Eu fui tola e acreditei e acabei ficando. Estava tudo indo do jeito que ele queria: eu havia ido dormir, o tio Adam saiu com a namorada e só voltaria mais tarde.
De madrugada senti mãos em meus pés e beijos molhados em minhas pernas, indo ao encontro das minhas coxas. No começo eu hesitei em pedir ajuda pois estava com medo então fiquei quieta, mas quando aquelas mãos tentaram subir a minha camisola eu acendi o abajur e dei de cara adivinhem com quem? Isso mesmo. Com o besta do Justin.
- Ei, está tudo bem Liv – ele sussurrou subindo em cima de mim. Senti um friozinho na barriga.
- O que está fazendo? – perguntei curiosa.
- Faz parte da brincadeira que eu quero fazer com você. – ele mordeu o lábio olhando pra mim. – Eu poderia tirar a sua camisola Liv?
Fiquei um tempo sem responder tentando absorver tais palavras. Justin não esperou que eu respondesse na verdade. Ele começou a levantar a minha camisola devagar, passando os dedos sobre a minha calcinha cor de rosa.
- Justin, eu não estou gostando – eu disse baixinho.
- Vai ser legal – ele disse deixando a camisola acima do meu umbigo. Seus dedos passaram pela lateral da minha calcinha e adentraram dentro da mesma. Ele estava super quente. Tão quente que eu poderia jurar que era febre.
- Vou ter que tirá-la – ele disse se referindo a minha peça de baixo. Eu assenti sem saber o que viria.
Assim que o pequeno pedaço de pano passou pelas minhas pernas, Justin as posicionou em seus ombros e pediu para que eu fechasse os olhos.
Algo molhado invadiu a minha intimidade então finalmente eu me toquei que ele estava fazendo oral em mim. Uma garota de catorze anos que não tinha muita noção do assunto ‘’sexo’’ apenas deixou que o primo usufruísse de seu corpo por alguns momentos.
- Você é deliciosa – ele disse baixinho apertando meu quadril com força.
- Oh – gemi segurando seus cabelos.

- Ei, está escutando? – ouvi a voz de Justin soar em meus ouvidos e me virei pra ele.
- Hã? – o encarei.
- O seu quarto será o mesmo de anos atrás. E eu já vou avisando que: segunda a sexta nem eu e nem o Adam estaremos em casa então poderá fazer o quiser – ele disse malicioso. Sorri falso para ele e olhei novamente para a janela do carro que estava mais interessante do que ele.
Justin acelerou sua Lambo sobre as ruas e eu olhei séria pra ele.
- Fica calma Liv, eu tenho carteira – ele riu em tom de deboche – E não precisei falsificar – ele deu de ombros.
- Aposto que comeu alguma das garotas que estavam por lá – disse baixinho voltando a minha atenção para as ruas.
- Não é bem assim – ele colocou uma das mãos em minha coxa, acariciando-a. – Eu senti muito a sua falta Liv, você não tem noção. – ele tinha ficado sério de repente. Seus olhos estavam escuros e vazios.
- Não diga uma coisa dessas Bieber. Você sabe muito bem que é errado o que fizemos no passado.
- Mas você adorava, não é? – ele mordeu o lábio.
Fiquei muda.
- Bom, aqui estamos nós – ele disse parando o carro em frente a casa de dois andares, branca, com janelas enormes de vidro e um jardim impecável.
- O titio está? – perguntei saindo do carro.
Justin saiu do carro e foi até o porta-malas pegar as minhas malas.
- Não. Ele só volta de noite – ele deu de ombros.
- Mas hoje é sábado. Ele não tem folga do trabalho?
- Bombeiros nunca tem folga Liv. Se alguém morrer queimado as pessoas irão culpar quem? – ele me olhou sério, então do nada soltou uma risada.
- Há-há – eu imitei uma risada falsa. – Mas e você?
- Eu o quê?
- Trabalha com o que?
- Sou dono de uma boate. – ele mordeu o lábio – Deveria dar uma passada lá qualquer dia. Aposto que vai adorar – então ele deu uma piscada.
Ótimo. Tudo vai voltar a ser como era antes. Escrava de sexo do Justin. E tenho noticias ruins: eu sei que vou amar tê-lo dentro de mim de novo. E eu vou me xingar até o meu último segundo aqui na Terra.

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