domingo, 21 de setembro de 2014

Sacrifício Amoroso - Capitulo 24



Estou sentindo algo intenso por dentro
Mais quente que uma corrente queimando
Tenho uma sensação lá no fundo
Está tomando, está tomando, tudo que eu tenho
Niall Horan - Fireproof - One Direction

Zayn's Point Of View - dois dias depois


Só de ver Gabi acabada, triste e em um mundo só dela no qual ela não me deixa entrar me deixa de coração partido. Ela ainda não contou para a família sobre a doença e juro que estou me segurando para não abrir a boca. Tudo que quero é o bem dela, mas será que ela entende isso?
Fiquei esses dois últimos dois dias no meu apartamento, os meninos vieram me ver e fui obrigado a não falar nada para eles, pois se eu contasse, Harry iria falar para a Kelly e ela iria contar para a família da Gabrielly.
Agora eu estava sozinho no meu quarto, desenhando como sempre, pensando na vida, no que vai ser a partir de agora: Gabrielly doente, o casamento, o Liam, a Perrie, tudo que está envolvido também na historia e o que eu posso fazer? Nada. O casamento depende da Gabi também, não posso decidir tudo sozinho, o Liam... bom, enquanto ele estiver longe melhor. A Perrie. Vou ter que conversar com ela, afinal eu a larguei e passou todo esse tempo, fiquei sem falar com ela e explicar o que realmente sinto.
Meu celular começou a tocar me tirando de todos os pensamentos. Olhei no visor e era o Zack. Atendi sentindo a minha barriga embrulhar. 
- Zayn? - ele perguntou do outro lado da linha.
- Oi. - murmurei fechando os olhos com força, sentindo uma sensação estranha me invadir.
- Tem como você vir aqui.. quer dizer, no hospital. A Gabi... - ele deixou a frase no ar. Eu desliguei na cara dele e fui direto pro closet pegar um par de tênis e um casaco, pois estava chovendo lá fora.
Peguei o capacete em cima do sofá e as chaves da porta e da moto que estavam na mesinha de centro. 
Quando cheguei ao hospital, nem parei na recepção, avistei Zack e Jessica sentados esperando. Quando os dois perceberam que eu havia chegado tudo que Jessica conseguiu fazer foi correr e me abraçar. Correspondi o abraço e olhei para Zack que tinha os olhos vermelhos, lacrimejando, os lábios estavam inchados, ele estava preocupado assim como eu. 
- Oh Zayn - Jessica me largou, limpando as lagrimas do rosto. - O que aconteceu com ela? O médico não veio ainda, não tenho noticias dela há quase meia hora. Eu sei que você sabe, então por favor me diga.
- E-eu... eu não sei se... 
- Fale por favor Zayn. O que ela tem? Vocês brigaram e ela ficou triste? Ela ficou esses dois dias sem comer, ficou trancada no quarto, não quis falar com ninguém, até pedi que ela te ligasse e ela disse não.
- Eu sei que está escondendo algo - Zack se pronunciou pela primeira vez. Agora ele estava mais perto, eu podia ver seus olhos azuis, eles pareciam mais escuros agora.
- Meu Deus, tudo bem, eu falo. Gabrielly anda tendo essas recaídas há dias, ela anda desmaiando, ela está fraca, não consegue fazer quase nada. Quando fomos para Paris eu a levei para o hospital depois dela ter passado mal.
- E ai? O médico de lá disse alguma coisa? É grave? - Jessica perguntou deixando que algumas lágrimas escorressem de seus olhos.
Agora todos olhavam pra mim com expectativa. Todos, eu quero dizer: o médico que provavelmente acabara de ver Gabrielly, três enfermeiras que o acompanhavam. Eles sabiam o que a minha pequena tinha agora, eu não podia negar algo na frente deles pois com certeza, sem duvidas, eles iriam contar.
- O médico disse que ela... Ah droga, eu não sei como falo isso.- comecei a chorar.
- Desembucha Malik - Zack parecia nervoso, ou melhor, ele estava.
- Que a Gabi tem leucemia. 
- Oh meu Deus, não pode ser! - Jessica se pôs no chão de joelhos, suas mãos estavam em seu rosto - Me diga que isso não é verdade Zayn. - ela me olhou. O médico se aproximou cauteloso, ele me olhou com piedade. 
- Se acalme Sra. Gomez - ele sussurrou. - Vamos para a minha sala, eu explico tudo lá dentro.
- Minha filha não! Onde ela está? - ela se levantou e tentou correr pelo corredor, os seguranças a seguravam, ela se debatia, suas pernas balançavam. Zack estava paralisado, só havia lagrimas em seu rosto.
- Me soltem! Preciso vê-la - Jessica gritava.
- Sra. Gomez, se acalma, assim poderei liberá-la para ver sua filha.
- Me soltem! - ela disse relaxando o corpo, os seguranças a colocaram no chão, suas mãos entraram em contado com o granizo gelado, ela soluçava enquanto murmurava algo baixinho.
- Jessica - murmurei me ajoelhando. Eu a puxei para um abraço, ela não se moveu só se pôs a chorar mais ainda em meus braços. - Vai dar tudo certo, vai ficar tudo bem.
- Não Zayn, não vai. A minha filha... meu Deus isso é um pesadelo que parece que não acaba. 
- Mãe? - Zack a chamou. - Mãe? - ela não o olhou. Não entendi no começo, eu me afastei e apenas observei. - Mãe? - ele a chamou novamente. Jessica abaixou o olhar para o chão e limpou as lagrimas - Mãe? - ele gritou puxando-a bruscamente, ele balançou-a, ela ficou paralisada. Fiquei em choque, o que estava acontecendo?
- Me solta - ela pediu e ele assentiu. 
- Mãe? Olha para mim. - ela olhou em seus olhos. - Eu sei o que está sentindo, é a Gabi que está naquela cama, mas não se esqueça que um dia também fui eu que fiquei. Fui eu que sobrevivi á doença e estou aqui, ela vai sair dessa assim como sai. Acredita em mim mãe?
Meu coração parou assim que o ouvi dizer aquilo. Zack também tinha a doença e sobreviveu? Gabrielly sabia disso ou não? Meu mundo estava desmoronando cada vez mais e eu não sabia onde me esconder, não sabia o que fazer com a minha garota, eu estava precisando de ajuda. E ela mais ainda.
- Posso vê-la? - perguntei baixo apenas para que o médico ouvisse e ele assentiu com a cabeça.
- Venha comigo. - ele começou andar, deixando Jessica e Zack conversando. Eu apenas o segui. O quarto 186 estava com a porta fechada com uma placa dizendo: apenas pessoas autorizadas. Não faça barulho.- O que o senhor é dela? - ele perguntou.
- Noivo. - não evitei e sorri.
- Oh, eu sinto muito sobre a noticia.
- Tudo bem.
Quando a porta se abriu, meu mundo caiu e se quebrou em pedaços. Havia agulhas enfiadas nos braços da minha pequena, ela dormia feito um bebê, o barulho da maquina que media seus batimentos mostrava o quão calma ela estava. Ela respirava através do balão de oxigênio, seu rosto estava pálido, seus lábios roxos e rachados, dava para ver as olheiras debaixo dos olhos, mesmo ela estando adormecida. Aquilo era o fim do mundo pra mim, não aguentava ficar calmo, sem não chorar e rezar para que tudo desse certo, que ela voltasse a ser a garota animada e mimada que sempre fez questão de encher o meu saco, a garota linda que sempre amei.
Me aproximei cama, tropeçando em meus próprios pés. 
- Gabrielly... meu amor, minha vida. Está me ouvindo? Acho que não. Bem, se estiver ouvindo, quero que saiba o quanto te amo e que estarei aqui para sempre. Por favor, seja forte, por mim, pelo Zack e pela sua mãe. Ela está sofrendo muito, você não tem noção querida. Saia dessa, por favor - senti as lagrimas invadirem meu rosto. - Caramba Gabrielly, por que não contou para eles? Talvez agora você não estivesse aqui nessa cama de hospital. Sabe o que é pior do que isso tudo? É te ver aqui e não poder fazer nada para mudar isso, te ver com os olhos fechados com medo de não te ver com eles abertos de novo. Eu te amo Gabi. Com todas as minhas forças, fique aqui tá? - beijei a sua bochecha, sentindo sua pele gelada. 
Me afastei da cama indo em direção a porta, eu precisava tomar um ar, esquecer dos problemas e evitar vê-la nesse estado. Meus dedos tocaram a maçaneta prateada e abri a porta. Então quando foi quando eu ouvi o barulho da maquininha dos batimentos cardíacos, meus olhos se arregalaram quando virei para trás e vi Gabrielly tendo um ataque cardíaco, ela estava tendo uma parada do coração. Gritei por ajuda, os médicos apareceram e me tiraram de lá. Tudo que ouvi foi o médico chamando por ajuda também. Minha vida não podia estar pior.


quinta-feira, 18 de setembro de 2014

Middle Of Nowhere - Capitulo 37 - Vou te levar embora.


Minha cabeça estava doendo quando acordei quase às quatro da manhã, quando me levantei da cama, meu corpo também começou a doer e eu xinguei Justin até o seu último fio de cabelo. Fui até a cozinha e estranhei quando vi a luz acessa e ouvi algum barulho vindo da mesma. Pensei em subir de volta para o quarto e chamar pelo Justin, mas se não fosse ninguém em especial ele até me mataria por acordá-lo de madrugada então resolvi apenas espiar antes de entrar. 
Eu estava arrepiada e tremendo de medo. Qual é, sou uma garota! 
Me aproximei cautelosa do balcão que dava vista para a cozinha acessa. Passei meus dedos pela parede branca e gelada, parecia filme de terror. O barulho parou de repente e senti meu corpo congelar. 
Olhei para a cozinha e suspirei aliviada. Mas ainda sim assustada. Não havia ninguém graças a Deus. Olhei em todos os cantos e parecia que tudo estava no lugar. Peguei um copo d’água e subi pro quarto novamente. Justin dormia feito um bebê, ele estava relaxado, não parecia a mesma pessoa quando estava acordado. Ele estava em forma de conchinha e aquilo era super fofo. Quando me deitei na cama, me cobri com o edredom e senti suas mãos me puxarem para mais perto. Ele me apertou e eu gemi de dor.
- Quero dormir – murmurei e ele se afastou bufando. 
- Boa noite – ele sussurrou

Como tudo isso foi acontecer mesmo? – eu me perguntei. Quer dizer, até meses atrás eu estava na casa do meu pai implorando para voltar para a minha vida de luxo, quando um cara bipolar apareceu na porta de casa querendo o dinheiro de uma aposta que fizera com o meu pai um ano atrás. Como o meu pai não tinha a grana toda, fui obrigada a vim com o Justin até que meu pai consiga o dinheiro, isso é, se ele sair vivo agora das mãos do J.D. 
E tem o Jason e o Jaxon também. Esses três Biebers mexem comigo... Três caras que são um mais diferente que o outro, um mais gato que o outro. Justin: cruel. Jaxon: santo demais. Jason: estranho.

15:00 pm – Chicago – Justin’s Point Of View 

Eu havia saído de casa no horário do almoço para ir até o hotel onde Ivy estava hospedada. Alice apenas assentiu e não disse mais nada, o que achei estranho porque geralmente ela iria pirar e pedir para ir junto, mas não, ela apenas mexeu a cabeça positivamente. Alguma coisa estava errado e eu iria descobrir depois que voltasse pra casa.
O meu Audi estampado de leopardo chamava atenção em todas as ruas e eu via as pessoas comentarem: Olhe é o Justin Bieber. E eu sabia o que estavam pensando: lá se vai ele matar mais alguém. Todos diziam isso sobre mim. Durante anos escuto isso, não será agora que os comentários irão parar. Os meus seguranças me seguiam divididos entre dois carros e aquilo assustava as pessoas então havia motivo para elas pensarem que eu iria matar alguém.
Quando cheguei ao hotel todos pararam de fazer o que estavam fazendo e olharam pra mim e não consegui conter um sorriso irônico nos lábios. Aproximei-me na recepcionista, seus olhos castanhos estavam brilhando feito constelações. Ela me deu as chaves do quarto da Ivy e engoliu em seco.
- Obrigado – agradeci e me afastei indo até o elevador. Malditos elevadores!

Abri a porta de seu quarto deixando os seguranças do lado de fora do quarto e vi que ela estava sentada sobre a cama lendo uma revista. Ela me olhou e sorriu colocando a revista sobre o criado-mudo. 
- Oi Bieber – ela sorriu se levantando.
- Oi Ivy. Está pronta para a entrevista?
- Claro! Nem sei como te agradecer, de verdade. 
- Só dê o seu máximo na entrevista e me faça ficar orgulhoso.
- Justin...
- Não, sério Ivy, eu sei, loucura. Tudo que te fiz no passado e o que irei fazer agora parece maluquice pra você e até pra mim, mas, por favor, acredite, eu estou bem. E talvez um pouco puro – solto uma gargalhada fraca e sorrio.
- Tudo bem. 

As horas se passavam enquanto eu esperava Ivy no carro estacionado fora do prédio de vinte andares onde ela estava fazendo a entrevista. Meus pensamentos iam direto para a Alice enquanto ouvia a musica Drunk In Love da Beyoncé. Eu batucava os dedos no volante e cantarolava baixinho a letra da canção de amor. 
Como tudo isso foi acontecer na minha vida? Quer dizer, eu sou um dos maiores gangsteres dos Estados Unidos, nunca me deixei levar pelo amor, era só dinheiro e drogas que eu pensava. Eu só tinha me apaixonado uma vez há muito tempo atrás e com certeza tinha certeza que não me apaixonaria tão cedo, ou melhor, nunca. 
Alice é tão diferente de Jolene, ela é doce, fofa e medrosa, ao contrário de Jol que sempre foi egoísta, calculista e sexy. Muito sexy. 
Uma das coisas que me fez se apaixonar pela Jolene é que ela sempre desejou o mesmo que eu, ela tinha apenas um problema que era se controlar. Ela não media esforços quando o assunto era dinheiro, ela queria o meu império, tudo que conquistei durante anos, algo que eu nunca abriria mão. Porém isso mudou completamente quando conheci Alice, a garota teimosa, que veio parar na minha casa por causa de uma maldita aposta, me deixando no meio do nada, completamente confuso, sem saber o que fazer.  
Ryan e Chaz sempre me disseram que eu nunca seria o mesmo depois da morte da Jol, eu tinha me tornado mais cruel do que já era, por onde eu passava as pessoas se encolhiam e engoliam em seco com medo de morrer com um tiro na cabeça. Huh, eu sempre gostei do jeito de como elas me olhavam porque isso me dava a sensação de poder, mas pra onde ele foi quando Alice apareceu? 
Ela toda bonitinha, ela tem medo de tudo, não consegue se virar sozinha pois é patricinha demais pra isso, mas mesmo assim eu me apaixonei. Pela garota que eu menos queria. E o pior de tudo: ela é a cara de Jolene. 
Eu achei que em meses Jeremy iria conseguir o dinheiro, mas agora ele está provavelmente sendo torturado pelo J.D – que eu ainda não sei quem é.
Uma batida no vidro do carro me despertou de repente. Ivy esperava do lado de fora, ela estava toda sorridente, seus olhos brilhavam feito estrelas cadentes e aquilo me soltava uma sensação de felicidade, algo que não sentia deste criança. Abri a porta pelo lado de dentro do carro vendo a garota entrar rapidamente no mesmo e seus braços me puxaram para um abraço forte. Eu conseguia ouvir a sua respiração ofegante, o perfume em seu pescoço – um cheiro doce – me embriagou me fazendo ficar um pouco zonzo. 
Os dedos finos de Ivy passeavam pela minha nuca dando-me pequenos arrepios nas costas enquanto ela me abraçava. Tudo que consegui fazer foi retribuir o abraço e fechar os olhos sentindo o meu estômago criar borboletas.
De repente senti seus lábios nos meus, abri os olhos assustado e tentei me afastar. Ivy pediu passagem com a língua e eu cedi me sentindo um idiota. Minhas mãos apertaram a sua cintura enquanto ela tentava se sentar no meu colo. A empurrei bruscamente fazendo-a bater no vidro da janela.
- Me des-desculpe Justin – ela pediu com os olhos cheios de lágrimas.
- Vou te levar embora.
Foi tudo que consegui dizer. O seu gosto ainda estava na minha boca. Olhei pelo retrovisor e havia vários paparazzi. Droga, a Alice ia me matar.

HUEHUEHUEHUEHUE ACHARAM QUE ELE IA LEVAR A ALICE EMBORA???? HAHAHA www.ask.fm/brumarie

Middle Of Nowhere - Capitulo 36 - Você me acorrentou.


Subi em direção ao meu quarto deixando Alice sozinha na sala com cara de tonta. Entrei no meu quarto fechando a porta logo em seguida, me despi e fui para o banheiro tomar uma boa ducha quente [...] Assim que sai dei de cara com Alice me fuzilando da cabeça aos pés, revirei os olhos e fui até o closet, quando voltei usando apenas uma cueca box preta Calvin Klein ela suspirou e cruzou os braços. 
- Vai me contar quem é ela e o por que você a trouxe também? – ela perguntou se levantando.
- Sim eu vou. Ivy era uma prostituta, ou melhor, uma das minhas prostitutas – dei de ombros e ela arregalou os olhos – Esses dias, em Londres eu sai de madrugada você se lembra? – ela assentiu se sentando na cama – Bom, eu menti quando disse que fui respirar o belo ar puro de Londres. Eu na verdade fui para uma das minhas boates, pra esquecer dos problemas então mandei um dos meus seguranças chamarem uma garota pra mim.
- Seu... – ela dizer alguma coisa mas eu a interrompi
- Eu sei o que deve estar pensando, calma! Não fiz nada com a Ivy, ficamos conversando, apenas isso. Então ela me disse a história dela, você sabe, como eu a trafiquei e tudo mais, dizendo que a família dela havia se esquecido dela e eu disse que tudo aquilo era mentira e eu disse que ia ajudá-la a realizar seu sonho, que é trabalhar na equipe da revista Rolling Stones. Eu a trouxe pro Estados Unidos afim de ajuda-la, apenas isso.
- Você foi pra cama com ela?
- Antes de te conhecer sim – sorri de canto recebendo um tapa no braço em seguida – Ai! Doeu.
- Não me interessa se doeu, esse tapa foi por você não ter me contado antes, eu ia entender. 
- Desculpe baby, eu deveria ter contado. – por mais estranho que seja, eu estou sendo o cara mais idiota do mundo, nunca achei que fosse ser o tipo de que aceita algo quando a namorada diz alguma coisa, mas eu mudei, ela me mudou.
- Tudo bem, é que parece que você não confia em mim sabe? Na verdade já nem sei mais...
- Oh, eu confio em você, que historia é essa? – ele arqueia a sobrancelha – O Jason colocou coisas na sua cabeça não foi? Ele disse várias merdas certo? Qualquer coisa que seja, não é verdade.
- Ele não disse nada – garanti
- Hum. – ele estralou os dedos da mão – Você não confia em mim?
- Confio – eu disse sem ter certeza se eu realmente tinha. 
- Vamos provar isso então – ele sorriu de leve.

Point Of View – Alice Fox

Justin selou nossos lábios, ele pediu passagem com a língua e eu cedi, fiquei por cima dele, passei meus dedos sobre seu cabelo e puxei de leve arrancando um gemido baixo dele. Ele passou a mão por debaixo da minha camisa apertando minha cintura. Ele tem essa mania de me apertar, Justin é muito possessivo com o que é seu. Mas será mesmo que eu sou dele?
Ele tira a minha camisa deixando-me apenas com os seios cobertos pelo sutiã de renda vermelha, ele morde o lábio e nega com a cabeça, inclino a cabeça achando estranho então ele sorri e me olha. Seus olhos caramelados agora estão brilhando de pura paixão e luxuria. Junto nossos lábios novamente sentindo suas mãos subirem para as minhas costas procurando pelo feixe do sutiã. Assim que o retira, Justin cola seus lábios em um dos meus seios fazendo o que ele sabe fazer de melhor. Com a outra mão ele aperta o outro seio tirando-me gemidos involuntários. 
De repente ele me joga contra a cama ficando por cima de mim. Ele me beija, um beijo selvagem e talvez preciso digamos assim.
- O que acha de experimentar algo novo hoje? – ele arqueia uma sobrancelha mordendo o lábio, puta merda que homem é esse? Digo que sim com a cabeça então ele se afasta indo em direção ao closet, ele se vira pra mim e ordena: Retire a calça.
Faço o que ele manda sem hesitar porém quando o vejo com uma caixa vermelha nas mãos engulo em seco, me sento e encaro a caixa sem entender, então junto as peças: brinquedos eróticos.
- Vamos ver o que temos aqui – ele disse com um tom malicioso na voz. Não consigo nem imaginar o que ele pode fazer comigo para se satisfazer. Justin retira da caixa vários tipo de coisas que não faço a mínima ideia do que seja, apenas os vibradores de vários tamanhos e formas. – Cordas, braceletes, vibradores, plugues consolos entre outros, o que você prefere? – ele pergunta torcendo a boca achando graça da situação.
- As correntes.
- Oh, tem certeza disso? – ele as pegou delicadamente como se fossem frágeis e passou o polegar entre o meio delas.
- Sim, eu tenho.
- Então vamos á algumas regras rígidas. Se eu te machucar diga para mim parar, ok? Não tenha medo em dizer.
- Eu confio em você.
- Você já disse isso. Quero ter certeza que sim.
- Vou te provar que confio em você.
- Mãos acima da cabeça – ele ordena pegando as correntes, faço o que manda e fecho os olhos sentindo suas mãos pegarem meus pulsos e enrolando as correntes nos mesmos, elas estavam geladas, assim como as mãos dele. Gemi um pouco e abri os olhos encontrando a cor de mel dos olhos de Justin, ele não tinha entendido o porque gemi.
- Estão frias – ele passou a língua sobre os lábios, molhando-o – Como você. – disse baixinho.
- Quanto mais frio mais prazer você terá – ele disse beijando minha boca com ternura. – Venha – ele colocou a mão na minha cintura puxando-me para ficar de pé. Dei a volta na cama deitando-me sobre ela encostando minhas mãos na cabeceira da mesma, Justin amarrou as correntes lá e vendou meus olhos.
- Justin... – fechei os olhos mesmo sabendo que estavam vendados. 
- Você disse que confia em mim.
Não disse nada, apenas suspirei. Ele abriu as minhas pernas me deixando completamente exposta pra ele. Seus lábios tocaram minha barriga e começaram a descer em direção ao meu ventre. Coloquei a cabeça pra trás e senti as correntes puxarem um pouco a minha pele me fazendo arfar um pouco baixo. Ouvi sua risada baixinha.

‘’Frio quando a toco, mas é quente como o Diabo’’ – Chains, Nick Jonas

Middle Of Nowhere - Capitulo 35 - Vou te ajudar a realizar seu sonho




- Espere – Ivy nos separou e elevou uma sobrancelha – Tem alguma coisa errada – ela ficou séria e entortou os lábios. 
- Não há nada de errado baby – sorri me aproximando – Eu me lembro da nossa primeira vez, você não se lembra em como adorou aquela noite?
- Você é meu chefe, eu posso ser até demitida por isso, mas eu vou dizer que tem uma coisa errada sim, você está em um mundo completamente diferente Justin – arqueei uma sobrancelha ainda sem entender – Você me quer para poder esquecer alguém não é mesmo? – ela cruzou os braços.
- S-sim, quer dizer não, ah, eu tô tentando, mas você não deixa – sorri de canto tirando um suspiro de Ivy – Mas por que estou te contando isso? 
- Olha Bieber, eu sou usada todas as noites, caras pagam muito caro pra você para eles poderem me levar pra cama – ela abaixou o olhar – Mas quer saber de uma coisa? Eu não ligo mais pra isso, eu deixei o meu namorado, minha família porque você me trafica aqui nessa maldita boate e não posso nem se quer avisar que estou bem. Essa garota, que você está tentando esquecer não merece sofrer Justin, o nome dela é Alice né? Eu ouvi os seguranças comentando. Se ela está com você é porque ela te ama de verdade e você está aqui tentando transar com qualquer uma que vê pela frente. Eu tenho certeza que todos que eu tinha já me esqueceram. 
- Isso não é verdade – entortei a boca – Sobre a sua família, eles ainda tem esperança que você apareça. 
- Como você sabe? Você mandou espionarem eles? 
- Sim, eu faço isso com todas as meninas Ivy. Caso a família descubra onde vocês estão... você sabe o que eu faço – ela arregalou os olhos.
- Você não... – ela deixou a frase no ar.
- Eles estão bem, todos acham que você fugiu para os Estados Unidos porque não aguentava a pressão que te davam sobre os estudos e como queriam que você fosse advogada, então como eles sabem que seu sonho sempre foi trabalhar em uma revista famosa como a Rolling Stones, bom eles pararam de procurar achando que você um dia voltará.
- Ah meu Deus! – ela colocou a mão na boca, sem acreditar. 
- Me desculpe por ter te traficado – abaixei a cabeça – Você estava me devendo dinheiro e odeio ficar no prejuízo.
- Eu estava? 
- Com todo o dinheiro que os caras me pagaram você já conseguiu o dinheiro faz algumas semanas. 
- E por que você ainda me mantem aqui? – ela cruzou os braços.
- Você é boa de cama, pelo que me falaram – sorri – E seria uma pena te perder. 
- Seu idiota – ela murmurou
- Já me disseram isso. Mas quer saber, vou te ajudar a realizar seu sonho, vou falar com a diretora da revista, eu tenho uma amizade com ela – sorri – Ou eu tinha, não sei.
- Ah meu Deus, obrigada! – ela deu pulinhos – Ah, desculpe – ela sorriu envergonhada. – Mas e enquanto a você?
- Não se preocupe comigo, já sei o que vou fazer, agora vá dormir porque a amanhã vou providenciar a sua passagem para os Estados Unidos. – coloquei uma mecha de seu cabelo loiro atrás da orelha.

[...] Abri a porta do quarto e Alice ainda dormia feito um bebê, ela parecia relaxada, tenho certeza que estava sonhando com alguma coisa boa pois ela sorria de vez em quando. Entrei no banheiro e tomei um longo banho. Eram quase cinco da manhã quando fui me deitar, infelizmente não consegui ser cuidadoso para não acordar Alice. 
- Oi – ela murmurou baixinho
- Oi baby – sorri sem mostrar os dentes – Não quis te acordar.
- Tudo bem. Onde você estava, quando acordei mais cedo você não estava.
- Sai pra respirar o belo ar puro de Londres. 
- Sei... 
- Okay, se não acredita tudo bem, agora durma – ordenei e dei um beijo em sua testa. Estranho.

Londres - 14h28 min

Alice entrou no banheiro e trancou lá dentro. Aproveitei para ligar para o Chaz.

- Fala bro – Chaz atendeu no terceiro toque. 
- Alguma novidade? 
- Por enquanto não, parece que J.D está mais esperto. – ouvi ele suspirar – E você, como está?
- Tô bem, na verdade preciso que você me ajude numa coisa.
- Pode falar.
- Bom, quero que marque uma reunião com a diretora da revista Rolling Stones pra mim, preciso conversar um pouquinho com ela.
- Quem é você e o que fez com o Justin que conheço? – ele riu
- Só faça isso, quando eu voltar amanhã eu te explico. – terminei a ligação sem esperar uma resposta.

No dia seguinte em Chicago – 11:37

Cheguei em casa com Alice me enchendo o saco ‘’Quem é essa Ivy e por que ela veio com a gente?’’
  - Que porre Alice, fica quieta! – gritei nervoso fazendo-a se assustar – Me desculpe eu vou te dizer quem é ela, só me deixa tomar um banho antes. – disse e me afastei.

Flaskback :

Passei na boate antes de irmos para o aeroporto, no começo Alice estranhou, porém ficou quieta. Entrei, com os meus seguranças e fiquei no bar, que agora se encontrava vazio. Esperei uns dois minutos e Ivy apareceu usando a sua roupa que usava quando veio parar aqui. Uma calça jeans preta colada, uma camisa branca sem manga escrito ‘’After Shock’’ e um tênis Vans.
- Pronta? – perguntei sorrindo. Ela se aproximou e assentiu com a cabeça.
Lhe dei um beijo na bochecha e mandei que meus seguranças pegassem sua mala, quase vazia afinal tudo ela podia usar era aquelas roupas de estripes. 
- Tome cuidado, tem um cão que vai virar uma fera quando você entrar no carro. – avisei me referindo á Alice. Ivy entendeu e engoliu em seco – Não se preocupe, apenas não diga nada. 

[...] Entramos no jatinho e depois de dez minutos ele decolou. Alice fuzilava Ivy com os olhos e nem sei porque ela tem ciúmes da Ivy, meu Deus. Sorri para Ivy que estava afastada, sentada no final do jatinho vendo a vista de fora. Me sentei ao lado de Alice  e a puxei para um beijo. Ela retribuiu depois que eu pedi passagem com a língua, passei minha mão em sua cintura e apertei com força fazendo-a arfar um pouco. 

Com o passar do tempo, Alice foi ficando cansada, pois era de madruga e ainda estávamos no jatinho. Ivy já havia dormido faz tempo, então peguei meu celular e o fone de ouvido e comecei ouvir Secrets do One Republic. 


‘’ Tell me what you want to hear, something that'll like those ears. Sick of all the insincere so I'm gonna give all my secrets away This time don't need another perfect lie don't care if critics never jumped in line’’

(‘’Diga-me o que quer ouvir, algo que agradará os seus ouvidos, cansado de toda esta insinceridade, então abrirei mão de todos os meus segredos, dessa vez, não preciso de outra mentira perfeita, não me preocupo se as críticas nunca aparecem de uma só vez. Eu estou me desfazendo de todos os meus segredos’’)

Middle Of Nowhere - Capitulo 34 - Você sabe com o que pode me ajudar.


Point Of View – Justin Bieber

Seus olhos brilhavam cada vez que atirava no alvo, mesmo quando errava, eles continuavam brilhando. Era como se ela realmente gostasse se atirar, o que intrigou já que Alice tem cara de que nunca faria isso nem com uma mosca. Ela não parece ser como Jolene, fria e calculista, ou melhor, igual a mim. Admito, sou um vagabundo sem coração, ou pelo menos eu era. Alice não se encaixa nisso, ela é doce, sentimental e um pouco medrosa. 
- Está me ouvindo? – ela perguntou me tirando do transe. Alice coloca as mãos na cintura me encarando com raiva. Começo a rir. 
- O que? – arqueio uma sobrancelha. 
- Você viu? Eu acertei três garrafas! – ela diz dando pulinhos. 
- É, eu vi, parabéns. – revirei os olhos – Você tem que acertar todos de uma vez, ai vai estar pronta pra treinar em outras coisas. 
- Fala sério! Não quero ficar atirando em garrafas Justin. – ela resmunga.
- Ah então você quer atirar em outras coisas? Tipo o que? Você não consegue nem acertar as garrafas direito imagina em uma pessoa! 
- Chato! – ela grita. Sorrio de canto e cruzo os braços me apoiando no capô do carro.
- Marrenta! 


Nós já estávamos de volta ao hotel, Alice tomava seu banho enquanto eu olhava o noticiário e como sempre diziam algo sobre mim e minha gangue. Pigarrei e passei a mão pelo cabelo. 

‘’Justin Bieber e sua namorada Alice Fox foram vistos hoje mais cedo em um estacionamento vazio. A garota atirava em algo enquanto o chefe da maior gangue observava tudo’’

Dane-se eles, pensei. Esses paparazzi filhos de uma puta ficam me atormentando.
Olhei para a porta do banheiro, ainda fechada. Alice tinha saído do banho e provavelmente estava colocando aqueles baby-dolls sexys que ela tem. Coloquei minha mão em meu membro e apertei pensando nela me chupando. Puta que pariu, preciso de sexo. 
Meu celular tocou tirando-me do meu ‘’sonho’’ erótico. Numero desconhecido. 

- Alô – disse ao atender. 
- Bizzle, quanto tempo não é mesmo? Então quer dizer que está treinando a sua mina para entrar em combate? – J.D disse irônico no outro lado da linha.
- O que quer?
- Você sabe muito bem o que eu quero Bizzle. Quero o seu império, como se fosse obvio.
- Não deseje o que não pode ter J.D. 
- Mudando de assunto um pouco, você não poderá proteger Alice pra sempre Justin, o que vai fazer quando ela estiver sozinha? – ele disse mudando de assunto me deixando mais furioso.
- Não ouse tocar as mãos nela está me ouvindo seu filho da puta! – gritei, fazendo Alice sair do banheiro assustada. Pedi para que ela ficasse em silêncio.
- Eu não posso prometer nada Bizzle – então a ligação foi encerrada.  
- Era ele? – ela perguntou se deitando ao meu lado. Coloquei o celular em cima do criado mudo e cruzei os braços. 
- Era – disse trincando os dentes.
- Wow, ele não vai fazer nada comigo Justin. – ela se aproximou me abraçando.
- Eu não vou deixar – disse convicto, lhe devolvendo o abraço. 

Acordei ainda de madrugada com dor de cabeça. Alice dormia feito uma criança, um bebê. Me levantei e fui até o banheiro, olhei para mim mesmo no espelho, conseguia ver as olheiras debaixo dos olhos e meu cabelo não estava com o mesmo brilho. Parece até coisa da gay, mas esse com certeza não sou eu. Senti as lagrimas começaram a inundar o meu rosto. Que merda viu! 
[...] Calcei minhas supras roxas e sai do quarto deixando Alice dormindo. Olhei para o meu relógio de pulso, marcavam 03h17 da manhã. Ela com certeza vai me matar quando acordar e perceber que não estou no quarto. Eu sei o que J.D disse, sobre não deixa-la em paz, mas se esses malditos seguranças não valerem para alguma coisa, puta que pariu, não seio o que eu faço.
- Vou sair, não deixem Alice sair desse hotel estão me entendo? – avisei aos seguranças que estavam no corredor.  Os dois assentiram então entrei no elevador. Fechei os olhos com força, porque eu tinha que ser claustrofóbico? 
Sai do elevador e fui até o meu carro, um Audi R8 branco. Entrei e liguei o rádio e a musica Headlines do Drake começou a tocar. Aumentei o som e comecei a cantar.
- I might be too strung out on compliments, overdosed on confidence, started not to give a fuck and stop fearing the consequence, drinking every night because we
Drink to my accomplishments, faded way too long, I'm floatin in and out of consciousness
And they sayin I'm bad, I agree with that, I just take my time with all this shit, I still believe in that – acelerei o carro assim que sai do estacionamento do hotel. As ruas estavam vazias por causa do horario, então acelerei mais um pouco chegando a quase 140 por hora - I be yelling out money over everything, money on my mind. Then she wanna ask when it got so empty. Tell her I apologize, happened over time. She said she miss the old Drake, girl, don't tempt me… If they don't get it, they'll be over you, that new shit that you got is overdue, you better do what you supposed to do.

Cheguei em uma das boates mais badaladas de Londres, que por sinal era minha.
Todos que estavam na porta ou até mesmo lá dentro paravam o que estavam fazendo para me observar. Meu carro ficou cheio de malditos paparazzi e aquilo me deixou irritado. Sai depressa indo em direção à porta principal da boate.
- Senhor Bieber – um dos seguranças disse ao me aproximar – Que bom revê-lo, o que te traz aqui?
- Me arrume uma puta. A mais gostosa desse lugar, vou estar no meu escritório. Não demore – disse rude. 
- Sim senhor – ele sorriu malicioso. 

Entrei no escritório e observei cada espaço para me lembrar de e tudo estava do jeito que deveria estar. Ouvi duas batidas na porta e disse ‘’entre’’. Uma morena com olhos castanhos e um corpo, que meu Deus, apareceu quase seminua, sorrindo maliciosa. 
A puxei pela cintura fazendo a mesma arfar e colocar as mãos em meu pescoço puxando-me para iniciarmos um beijo.
Eu a empurrei e ela me encarou. Sorri e peguei uma garrafa de uísque que estava na minha mesa. Ofereci e ela aceitou. Tomei um gole e sorri novamente.
- O que foi Bieber? – ela perguntou manhosa, se aproximando.
- Estou cansado – resmunguei, acariciando sua cintura.
- O que posso fazer por você?
- Qual é o seu nome? – perguntei selando meus lábios em seu pescoço.
- É Ivy. Ivy White. – ela sorriu.
- Bom Ivy, você pode me ajudar sim. – sorri sem mostrar os dentes.
- Com o que? – ela perguntou debochada.
- Você sabe com o que pode me ajudar. – deixei o copo de uísque na mesa e a agarrei, selando nossos lábios. 

Eu sei que o que estou fazendo não é certo, na verdade é algo completamente estupido da minha parte, mas fazer o que? Preciso esquecer um pouco de todos os meus problemas. E com certeza entre noventa e nove deles, o pior é a Alice. Ela mexe comigo, e não quero ter que me deixar levar, eu sei que disse todas aquelas coisas melosas pra ela, mas eu poderia estar mentindo, não?
Ivy era selvagem e eu adorava aquilo. Tirei o resto de roupa que restava em seu corpo e parti para a ação. 

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Middle Of Nowhere - Capitulo 33 - Quando estiver pronta é só mirar e atirar

‘’Nada dura para sempre, nem as dores, nem as alegrias, tudo na vida é aprendizado. Tudo na vida se supera’’ – Caio F. Abreu

Talvez eu realmente estivesse louca de estar voltando á tudo aquilo novamente, mas fazer o quê? Eu vou ter que me acostumar com o Justin saindo com seus amigos para assaltar algum lugar, quando ele matar alguém, quando ele aparecer sangrando em casa vou conviver com isso de novo. E ainda tem o J.D que não vê a hora de agir. E o pior de tudo: eu serei a vitima. 
Jason não falou nada quando eu disse que voltaria com o Justin, ele apenas abaixou o olhar e cruzou os braços. Eu tenho certeza que ele não gostou dessa ideia. Eu não estava empolgada em voltar, pelo contrário, eu estava com medo. Vai saber o que o Justin vai aprontar comigo? 
- Toma – ele me entrega a chave do seu carro – Só, por favor, tome cuidado. – ele me olha sério. Puta merda, ele não está bem. 
- Tem certeza disso? Se quiser você pode... – antes que eu pudesse terminar de dizer ele me interrompeu.
- Sim, tenho. Mas não me faça me arrepender. – ele diz tenso. Tenho vontade de rir da cara dele. 
- Eu sei dirigir está bem? O meu ex me ensinou. – reviro os olhos.
- Ah, bom saber que ele serviu de alguma coisa sem ser ter tirado a sua virgindade – ele revira os olhos. 
- Quem te disse que perdi a minha virgindade com ele? 
- E não foi?
- Não. E também não vou te contar com quem foi. – sorrio e entro no carro. 

Verifico se há algum carro na rua e começo a dirigir devagar. Olho para Justin, que parece tenso, ele está grudado na porta, provavelmente rezando. Seguro o riso, ele está mesmo com medo. Olho pelo retrovisor e vejo os carros dos seguranças de Justin logo atrás da gente. Olho para Justin e não resisto. Acelero o carro fazendo-o gritar.
- Ahh! Vai devagar porra, desse jeito vamos morrer! 
- Foi mal – tento segurar o riso. 
- Você vai ver quando chegar ao hotel. – ele sorri malicioso. Desacelero na hora.

Entrei primeiro pela porta do quarto. Suspirei, não de alivio, e sim de medo. Me sentei na cama e esperei que ele dissesse alguma coisa, mas ele simplesmente me ignorou e entrou no banheiro. Ele está de gozação com a minha cara?
Abri a porta e ele já estava tomando banho. Puta que pariu, até de costas esse homem é gostoso! Desci o meu olhar pelo seu corpo nu, meu Deus! 
- Oi – ele se vira e me encara.
- Oi – murmuro – Eu... hum... – reviro os olhos e sorrio. Dou meia volta e fecho a porta. Merda!

O que eu pensei quando resolvi voltar? Ele vai continuar assim até não sei quando e realmente não sei se irei aguentar tudo de novo. Nunca vou conseguir entende-lo. O que será que minha mãe me diria se estivesse viva? Suspirei e me deitei na cama, pegando o meu celular. Havia algumas mensagens no WhatsApp dos meus antigos amigos. 

De: Carly
‘’Faz tanto tempo que a gente não se vê. Por onde você passou durante todo esse tempo? Procurei-te em casa e não te achei. Alice, você está me deixando preocupada, por favor, me responda. ‘’

De: Bryan
‘’Ali, eu te vi na televisão com o Justin Bieber. O que você está escondendo?’’

De: Carly
‘’Conversei com o Bryan, ele disse que você está com o Bieber, o gangster, isso é verdade? Por que? Alice, responde’’

De: Carly
‘’O que ele quer com você? Como se conheceram? Alice, eu preciso saber se está tudo bem’’

De: Bryan
‘’Precisamos conversar. Esse Justin é um perigo, você sabe disso’’

De: Carly
‘’Se afaste do Bieber, ele é ruim, ele vai aprontar, eu tenho certeza disso. Some antes que seja tarde amiga’’

Quando me dei conta Justin já estava saindo do banheiro com uma toalha enrolada em sua cintura, seu cabelo molhado ainda, todo bagunçado. Senti minhas bochechas ficarem vermelhas, como esse homem consegue ser tão lindo?

- Senti sua falta – ele disse baixinho. Ele abriu uma gaveta e pegou uma cueca e a vestiu. Seus olhos se encontraram com os meus e então ele sorriu de canto – Acho que você não sentiu, afinal estava com o Jason, que é o meu irmão gêmeo, não é mesmo? 
- Por que nunca me contou que tinha um irmão gêmeo? – perguntei mudando de assunto. Eu precisava saber.
- Não gosto de falar sobre isso e achei que você não deveria saber.
- Sim, eu merecia saber. Eu fui sua namorada, achei que seria honesto comigo.
- Você foi minha namorada? – ele arqueou uma sobrancelha.
- Sim, eu fui. 
- Achei que tivéssemos voltado depois do que eu te disse lá na casa do desgraçado. 
- Eu não disse que eu voltaria com você. Você estava comigo porque eu me pareço com a sua puta particular, você acha mesmo que eu estou bem com isso?
- Não fiquei com você por causa dela, que merda! – ele se altera – Mas quer saber? Pense o que quiser, eu já te disse tudo o que sinto tudo o que estava entalado na minha garganta deste que você sumiu. Eu te disse que iria mudar não disse? O que quer saber? Não estou mais escondendo as coisas, minhas cartas estão na mesa Alice, pergunte o que quiser saber. 
- Essa tal de Jolene, ela se parece mesmo comigo?

Ele se sentou na cama e ficou de costas pra mim. Percebi que sua respiração estava ofegante, ele passou os dedos sobre o cabelo ainda molhado. Ele se virou e negou com a cabeça, mas depois logo em seguida fechou os olhos com força e assentiu.
- Sim, ela se parecia muito com você. Vocês tem algumas diferenças, mas não dá pra mim te dizer, meu Deus, eu nunca tinha percebido como vocês são parecidas fisicamente. Eu te disse, ela era muito ambiciosa, ela queria o meu império, tudo que conquistei. Já você... – ele parou pra pensar – Não, você nunca ligou pra isso. As vezes penso que você é muito ingênua. Você nunca mataria uma mosca. 
- Quer apostar? – perguntei me arrependo logo em seguida.
- Do que está dizendo? 
- Eu posso muito bem apontar uma arma pra alguém e atirar. Só preciso aprender a fazer isso primeiro – sorri de canto.
- Não vou te deixar fazer isso. – ele se levantou.
- Está com medo? – perguntei cruzando os braços.
- Não tenho medo de nada Alice. Você vai ficar com dó da pessoa quando atirar e vai cair em prantos e depois vai sobrar pra mim. Eu não tenho dó, não sinto remorso, não fico preocupado com o que vão fazer quando descobrirem que fui eu que atirei. Já matei tanta gente que aprendi a me segurar, a não ter sentimentos. 
- Você tem sentimentos. – afirmei
- Quer apostar? – ele sorriu de canto. 


No dia seguinte - 15h27 mins. Point Of View – Justin Bieber


Eu estava dirigindo feito um louco pelas ruas de Londres. Alice estava do meu lado, sentada no banco do passageiro. Ela estava com medo, eu via isso em seus olhos, suas mãos estavam tremendo e seus lábios estavam roxos. 
Liguei o rádio e estava tocando Spectrum de Zedd. Aumentei o som e observei Alice se relaxar. Comecei a cantar a canção:
- Breathing you in when I want you out, finding our truth in a hope of doubt, lying inside our quite drama-a-a-a, wearing your heart like a stolen dream, opening skies with your broken keys, no one can blind us any longer. – olhei de canto de olho para ela. Alcie sorriu e cantou junto comigo - We'll run where lights won't chase us, hide where love can save us, I will never let you go, we'll run where lights won't chase us, hide where love can save us, I will never let you go!

(Te respirando quando eu te quero fora, encontrando a nossa verdade na esperança da dúvida, deitando dentro do nosso completo drama-a-a, vestindo seu coração como um sonho roubado, abrindo os céus com suas chaves quebradas, ninguém pode nos cegar por mais tempo. Vamos correr aonde as luzes não vão nos perseguir nos esconder onde o amor possa nos salvar, eu nunca deixarei você ir, vamos correr aonde as luzes não vão nos perseguir nos esconder onde o amor possa nos salvar, eu nunca te deixarei partir).

Parei o carro em um estacionamento completamente vazio. Eu aceitei dar aulas de tiro para Alice mesmo sabendo que isso não vai dar certo. Desci do carro e abri a porta traseira pegando a minha maleta com as armas e pegando os alvos que ela teria que acertar. Alice saiu do carro e ficou me observando. Me afastei um pouco do carro e coloquei os alvos um mais longe que o outro. Fui até o carro e peguei uma mesinha que dava pra dobrar, coloquei ela á dez metros de distancia de nós, em cima cinco garrafas. Duas de vidro e as outras de plástico. 
Me aproximei de Alice e juntei nossos lábios. Quando me afastei ela apenas sorriu debochada. 
Abri a maleta de tirei uma pistola millennium 380. Carreguei a mesma e entreguei na mão de Alice. Ela se assustou e então respirou fundo fechando os olhos logo em seguida.
- Está com medo baby? – perguntei – Ah, você achou que seria fácil?
- Não estou com medo Bieber! Vou acertar esses alvos! – ela disse convicta.
- Vamos ver então. – me aproximei. Segurei sua cintura com firmeza, aproximei meus lábios de sua orelha e mordisquei seu lóbulo – Se prepare. – peguei sua mão deixando-a na posição certa – Quando estiver pronta é só mirar e atirar. – sussurrei. 

Me afastei e comecei a observá-la. Ela estava tentando manter a calma e eu achava aquilo engraçado. Seus cabelos voavam por causa do vento, ela estava usando uma calça jeans preta, uma blusa da Nirvana e um AllStar. Ela ficava linda de todos os jeitos, puta merda.
Ela atirou em um dos alvos e errou. Ri baixo e mordi o lábio apenas olhando. 
Ela atirou novamente e quase acertou, mas a arma foi pra baixo, ela não estava conseguindo mantê-la na mesma linha. 

Não importa o que você acha que fez de errado
(não vai demorar, até todo mundo saber)
Ela sabia, ela sabia que tinha que ir, o tempo todo.
(não vai demorar, até todo mundo saber)
Não importa o que você acha que fez de errado
(não vai demorar, até todo mundo saber)
Ela sabia, ela sabia que tinha que ir, o tempo todo.
(não vai demorar, até todo mundo saber)
 She Couldn’t (Linkin Park)

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Middle Of Nowhere - Capitulo 32 - Eu vou correr como um cavalo negro atrás de você.



Point Of View – Alice

Eu e Jason estávamos dentro de uma BMW, enquanto tocava Chicago de Michael Jackson. Eu estava assustada, o irmão gêmeo do amor da minha vida estava dirigindo, me levando para a sua casa, para me explicar tudo que Justin não explicou. Era loucura. Não entrava a minha cabeça, ele nunca ter me contado que tinha um irmão, eu sabia de tudo, sobre a Pattie, sobre o que ele fazia com Jazzy e o Jaxon, a vingança, eu estava a par de tudo. Mas o Jason... Poderia ele ser o J.D, querendo vingança? Não sei, não quero saber, não estou a fim de entrar nessa guerra de irmãos, muito menos servir de alguma coisa. 
Ele me olhava de canto de olho e revirava os olhos. Cruzei os braços e esperei que chegássemos ao nosso destino. Ele era igualzinho ao Justin, ele não tinha a mesma quantidade de tatuagens, mas o cabelo, o sorriso, tudo era igual. 
- Chegamos – ele disse parando o carro em frente á um sobrado lindo. Sai do carro, fechando a porta logo em seguida. A casa se encontrava em uma rua estreita, sem muita movimentação. Vejo Jason ir até a porta e abri a mesma dando-me passagem para entrar. Ao entrar encontro a sala de estar, um sofá branco, na verdade quase tudo era branco, os moveis, as paredes, alguns enfeites eram pretos com detalhes em cinza. Tirando isso, tudo era praticamente branco. 
- Por favor – ele disse esticando a mão, pedindo para eu sentar. 
- Obrigada. Jason? – pergunto passando a mão no cabelo. Ele arqueia uma sobrancelha, se sentando ao meu lado. 
- Uísque? – ele me oferece, pegando um copo na mesinha de centro. Digo que não. – Você quer que eu te explique tudo, bom vamos lá. Tudo o que deve saber sobre a nossa mãe, Patrícia, é verdade. Bom, acho que nem tudo. Justin não sabia de tudo, já eu sim. Nossa mãe tinha medo que Justin fosse se tornar o que se tornou hoje: frio e vingativo. Bom, quando ele soube, todos nós nos afastamos dele, não conseguíamos controla-lo. Eu tentei de todos os jeitos impedir que ele tomasse o império de nossa mãe e se esquecesse de tudo, mas ele não deu ouvidos. Quando Justin virou o rei do trafico do Canadá e dos Estados Unidos, eu me afastei e tentei levar Jazmyn e Jaxon, mas Justin não deixou. Jaxon também queria entrar para esse mundo e não pude fazer nada. Já com Jazmyn, Justin sempre foi muito protetor com ela, ele não queria ficar longe da irmã. Me mudei pra cá e nunca mais o vi, mas ainda sim mantive contato com algumas pessoas que me avisavam se estava tudo bem. Jaxon nunca parou de falar comigo, e de vez enquanto ele dava o celular para a irmã. Quando Jolene, a puta particular de Justin veio parar na boate, eles começaram a se envolver, ele ficou maluco por ela. Aquilo se tornou uma obsessão. Jolene tentou entrar para o mundo do trafico também, ela até dava algumas ideias como atacar J.D e tudo mais. Mas Justin nunca aceitou aquilo. Uma vez ele a pegou com outro, ele ficou doido, o ciúmes tomou conta dele. Naquela época, ela já morava com ele, os dois dividiam a mesma cama, o mesmo closet. Quando ele a viu dormindo com o outro, Justin mandou mata-la. O que não sabíamos na época era que aquilo ia muda-lo pra sempre, ele era frio, matava a sangue frio, nunca se importou com ninguém, agora era pior, pois ele realmente não sentia remorso, nem da Jazzy. Ele a colocou junto com as outras putas, ele dominou a irmã. Nessa época, J.D apareceu e tentou roubar tudo que Justin tinha. Todas as chances foram em vão. O meu irmão vencia todas às vezes. Ele roubava, matava, mentia e sempre conseguia o que queria. Então ele abriu um cassino. The Bizzle. Então ele apostou com o seu pai uma quantia enorme. O que fez ele ganhar você. Alice, quando você apareceu, Justin mudou, talvez você não tenha percebido, mas todos ao redor dele perceberam. E quer saber por que você conseguiu um efeito sobre ele? 
- Por que?
- Porque você é a cara dela. Você é idêntica á Jolene. 
- Eu? Não Jason, fala sério. – murmurei sem acreditar.
- Sim Alice. Ele ainda é o cara frio, dominador que você conhece, mas acredite, ele te daria o mundo se pedisse. E tudo isso porque você se parece com ela. 
- Você ficou maluco? – disse, duvidando das minhas palavras.
- Ele já disse que a amava? 
- Não. 
- Ele já disse que te ama?
- Sim.
- RÁ! – ele grita me assustando - Ele não estava mentindo quando disse isso, conheço o meu irmão.
- Claro que ele estava. Jason, horas antes de tudo acontecer, eu estava bem, secando o meu cabelo, no banheiro do hotel que eu estava com ele, mas ai, ele começou a me agredir e dizer coisas sem sentido como ‘’como conseguiu me enganar direitinho’’. Ele disse que ia me matar, então desmaiei. Quando acordei ele estava dormindo, e aproveitei a chance de fugir. E agora estou aqui com você, ouvindo todas essas loucuras. 
- Não posso negar que isso é loucura, que ele é a loucura de tudo isso – ele ri. – Mas posso te garantir que quando ele souber que você está comigo, ele vai vir atrás de mim e com certeza vai me matar por ter se passado por você e ter contado coisas que não devia. O Justin vai te levar pra casa e vai te agredir, sim ele vai, depois de tudo, as horas vão se passar e ele vai pedir desculpas e vai dizer que te ama. Ele vai dizer do fundo do coração Alice, pode ter certeza. Eu sei do que estou dizendo.
- Acho que você não conhece o irmão que tem.
- Tem certeza? Vamos contar os minutos para ele aparecer aqui e apontar uma calibre 38 pra mim.
- Ele não vai fazer isso, ele é o seu irmão.
- Ele não se importa comigo Alice. Ele se importa com você. Se você duvida, vamos apostar. – ele pisca se levantando e indo até a cozinha. 
- É claro que duvido Jason! – grito indo até ele. – Não consigo acreditar no que você disse. Se eu sou igual à Jolene, tudo que eu achei que Justin sentia por mim não passou de uma mentira. Ele se apaixonou por que eu era a copia da antiga puta dele. Pensa comigo Jason, por favor.
- Ele só percebeu que você era parecida com ela apenas algumas horas atrás. Dias atrás ele estava apaixonado pela Alice! Pensa bem.
- Ah, isso é loucura! – coloco as mãos no rosto. 
- Pode ter certeza que é. – ele suspira

De repente, ouço algo vindo do lado de fora da casa. Eu sabia o que era, ou melhor, quem era. Olhei para Jason e ele apenas sorriu o mesmo sorrindo de deboche de Justin. Quando me virei, Justin estava parado com uma arma na mão. Ele estava furioso. 
- Que bom revelo meu irmão – Jason debocha. – Eu estava aqui com a sua namorada, conversando, sem interesse nenhum nela, caso isso lhe preocupe. 
- Cala a porra da boca Jason. – Justin rosnou. Isso não é nada bom.
- Justin, nós não fizemos nada – eu disse me colocando na frente de Jason – Não se preocupe, eu estou bem. Olhe – disse passando a mão pelo meu corpo, levantei minha camisa um pouco. – Estou bem.
- Por que fugiu? – ele perguntou sério.
- Sério que você ainda pergunta depois de tudo o que fez comigo? Você quase me matou. De novo.
- Mas não matei – ele sorriu.
- Eu sei de tudo está bem? Jason abriu o jogo comigo. Eu sei por que ficou furioso àquela hora.
- Ah sabe? – ele arqueou uma sobrancelha – Pelo visto já está amiguinha do meu gêmeo. Quer saber, que se foda! Eu ia te matar sim, mas ai eu notei algumas coisas que Jolene tinha que você não tem. E quer saber de uma coisa? Estou me lixando pra você Alice. – senti as lágrimas começaram a escorrer. Ele não deve estar falando sério. 
- Você liga sim, eu sei que liga – Jason disse se colocando na minha frente. 
- Será que dá pra calar a boca caralho? – Justin gritou apontando a arma pra ele. 
- Vai atira! Quero ver você fazer isso na frente da sua garota. Vamos Bieber! Mate o idiota do seu irmão aqui! Eu te desafio a fazer isso agora, vamos! – ele grita levantando as mãos pra cima. 
Justin parece raciocinar. Ele abaixa a arma por um minuto tirando um sorriso dos lábios do irmão. Antes que eu pudesse dar o primeiro alivio de suspiro, ouço o barulho da arma sendo disparada. Coloco as mãos na boca e me ajoelho vendo Jason caído no chão. Justin havia atingido apenas o seu braço, mas havia muito sangue. 
- Vamos Alice. – ele diz ríspido.
- Não! – grito – Você acabou de provar que é um covarde Justin! Parabéns, sério. 
- Não fala assim comigo sua vadia! – ele grita mais alto. 
- Isso me chama de vadia, vai! Você é um covarde, você não merece o amor de ninguém. 
- Alice eu não... – ele deixa a arma cair no chão.
- Agora é tarde pra voltar atrás. As palavras já foram ditas. 
- Puta que pariu garota, você é insuportável. – ele ri. 
- Inacreditável! – faço uma careta. – Jason, você está bem? – colo a mão em sua nuca. 
- Sim. Vai com ele Alice, vou ficar bem.
- Por que você disse tudo aquilo? Achei que conhecesse o seu irmão.
- Estou aqui está bem? – Justin comenta se aproximando.
- Não quero mais te ver. – digo.
- Ah sério? E por isso vai ficar com o meu irmão gêmeo? Nossa, mudou muita coisa. – ele ri novamente. 
- Pelo menos ele não é um desgraçado como você. Pelo menos ele tem coração, ele se importa com os outros, ele quer o bem. Ele não procurou vingança quando a Pattie morreu! – gritei me levantando – Ele quis paz Justin. Você já ouviu falar disso? Acho que não. – não consigo conter uma risada irônica.
Ele não disse nada. Ele passou os dedos sobre o cabelo e se aproximou tentando me puxar para mais perto. 
- Me desculpa? – ele sussurra.
- Estou aqui! – Jason comenta arrancando risos dos três.
 - Você me desculpa?
- Não. – me afasto – Você consegue levantar Jason? – pergunto olhando pra ele.
- Sim. Vou fazer um curativo.
- Vamos pro hospital, vêm! – ofereci minha mão para ajuda-lo a levantar.
- Não. Eu me viro sozinho. – ele se levanta e se afasta.
- Ele sabe se cuidar Alice. Vamos embora logo, não quero mais brigar. – Justin se aproxima novamente.
- Já disse que não. Não sei o que vai fazer quando sairmos por aquela porta. 
- Não irei fazer nada. Vamos entrar no quarto e vamos voltar para o hotel. E depois vamos transar a noite inteira – ele pisca.
- Oh meu Deus, você é nojento. 
- Como se você não quisesse. – ele me puxa me impossibilitando de se movimentar. Justin sela nos lábios, ele pede passagem com a língua e eu cedo sem pensar duas vezes. Puxo seus cabelos de leve fazendo-o arfar. Sorrio entre o beijo. 
- Cof cof – Jason imita uma tosse – Estou aqui atrás e fala sério Alice, você vai se deixar levar por ele mesmo? De novo?
- Fazer o que irmão – Justin sorri me apertando contra seu corpo – Você teve uma chance e desperdiçou contando toda a nossa historia. Ou melhor, a minha né?
- Vai pro inferno – ele revira os olhos e sai. 
- Biebers tão incompreensíveis e idiotas. – sorrio me afastando de Justin.
- Fazer o que né? – ele ri – Vamos embora vai – ele sussurra. 
- Eu já disse. – cruzo os braços. – Você me magoou. 
- O quer que eu faça? Que eu apareça com flores e uma caixa de chocolate? Alice, eu não sou assim caralho! Não posso ser o melhor namorado do mundo. Eu vou te magoar muitas vezes ainda, pois não penso antes de fazer as coisas. Eu vou te dizer uma vez: não sou o cara dos sonhos de toda garota, não fico agarradinho no sofá, não digo coisas românticas no ouvido dela, não consigo ficar sem te magoar Alice, eu sou assim, você querendo ou não. Eu só sei que estou apaixonado por você, e porra, não consigo mudar nem querendo. Sou frio, dominador, sou calculista, manipulador e acima de tudo sou um tremendo filho da mãe. Eu me acostumei a ser desse jeito, não dá pra mim mudar de uma noite pro dia. Posso te dar coisas matérias, posso te dar um apartamento em frente à torre Eiffel, mas não posso te dar flores. Será que dá aceitar isso? Será que dá pra me aceitar desse jeito? – ele arqueia uma sobrancelha.
- Eu não nasci pra ter um namorado que vive nesse mundo Justin. Você é um gangster, não dá pra eu largar todos os sonhos românticos que já tive pra viver na pura adrenalina assim de repente. 
- O que isso significa? 
- Não sei. Não posso decidir isso agora. Meu pai já te pagou a maldita divida, se eu quiser voltar para casa agora eu posso, pois não sou mais ‘’sua’’. Você não manda mais em mim.
- Não vou te deixar voltar.
- E quem disse que eu vou?
- Eu achei que... 
- Eu não neguei nem afirmei nada Justin.
- Você está dizendo que...
- Me deixa terminar? – dou uma gargalhada - Eu não vou dizer que não te amo e não vou voltar pra aquele meio do nada de jeito nenhum. Mas até horas atrás eu achei que você fosse me matar, não consigo esquecer isso de uma hora pra outra, simplesmente não dá. O Jason me contou algumas coisas, eu sei por que você me ameaçou, eu já sei. – Justin arregalou os olhos – É porque eu me pareço com a Jolene, e ela mexeu com você. Todos os seus sentimentos por ela vieram a tona, o que me faz crer que tudo o que você disse pra mim foi só porque eu me pareço com ela... – antes que eu pudesse continuar Justin me interrompeu.
- Isso não é verdade. Tudo que eu sinto é verdade.
- Como posso saber? Nada vai voltar ao normal depois de tudo, será que você vê? Não dá pra mim conviver com alguém que gosta de mim porque eu lembro a ex.
- Isso não é verdade – ele repete.
- Eu não sei. Como posso saber?
- Porque a Jolene era apenas uma puta que eu dominei e fiquei com raiva de ver com outro cara, na minha cama. Não foi ciúmes. Eu não estava apaixonado por ela de verdade, agora que eu percebi isso. Você quer a verdade? A verdade é que eu achei que estava apaixonado, ela me manipulou pra conseguir viver fora da boate, quando ela conseguiu achou que ia se dar bem, então eu a peguei com outro. Fiquei com tanta raiva que mandei mata-la. Nunca mais toquei no assunto, não queria falar sobre isso, eu estava bem quando ela morreu, então você apareceu. No começo eu nunca tinha percebido a diferença, vocês duas são completamente diferentes uma da outra. Você é romântica, você não quer viver nesse meu mundo doido cheio de drogas, sexo e muita guerra. Jolene sempre quis saber de ser a chefe, ela sempre tentou dar algumas ideias pra mim sobre alguns assaltos a mão armada e sobre o trafico, mas eu que comandava, e ainda comando. Ela sempre foi muito ambiciosa Alice. Você também, mas tenho certeza que você nunca quis que isso acontecesse, quero dizer, entrar pra esse mundo, você nunca quis ser chefe, dona de alguma coisa. Já ela... ela queria o meu domínio. Você quer o meu domínio? Tudo que conquistei?
- Não, claro que não. Isso o que você faz é horrível. Eu posso amar ser rica, mas eu sempre quis ser rica por merecimento Justin, não por roubar, traficar, matar e tudo isso que você faz. Você já mandou seus amigos colocarem fogo em uma pessoa viva! Isso é demais pra mim!
- Jolene iria querer fazer isso e com certeza iria fazer pior. Você pode não ter percebido, mas eu mudei deste que... bom, deste que eu me apaixonei por você. Estou tentando mudar, aos poucos, mas estou. 
- Você nunca vai largar o mundo dos gangsteres. 
- Não, não vou, pois é tarde demais. Preciso terminar o que já comecei. – ele pisca, sorrindo de canto – Mas caso você queira saber, eu vou correr como um cavalo negro atrás de você. Grave minhas palavras, esse amor vai fazer você levitar, como um pássaro, como um pássaro fora da gaiola, mas seja realista, se você optar por ir embora, não vá embora, por favor, está na palma da sua mão agora, é sim ou não, um não talvez, então tenha certeza antes de você desistir de mim. Eu sei o que deve estar pensando, sei que é difícil, não posso ser e não vou ser o melhor cara do mundo, como eu disse antes não vou te dar flores no dia dos namorados, eu não vou usar aliança, mas sim, vou correr o mundo por você, vou me colocar em risco por você, essas coisas sim, pode ter certeza. 
- Eu não sei se consigo...
- Eu sei que consegue. Você já viu, já sentiu e vai sentir coisas comigo que você nunca poderá explicar. Você pode me deixar agora, pode voltar para o Jeremy, pode esquecer-se de mim se quiser, mas isso não significa que eu vá esquecer-se de você. Eu nasci para ser referenciado Alice, não nasci para ficar abaixo de ninguém, você sabe disso. Bem-vinda à zona de perigo Srta. Fox, você está entrando em uma fantasia, agora você está convidado ao outro lado da sanidade, eles me chamam de alienígena, de egocêntrico, talvez seja porque eu conquisto todas as mulheres, mas eu só quero você. Eu vou despir você, depois te examinar, veja, eu te vou te abduzir, então eu digo o que fazer, eu te digo o que fazer, vou fazer isso, vou fazer essas loucuras com você Alice, caso você aceite ficar. Por que é isso o que eu faço, eu faço isso, com você e fazia com as outras, mas com você existe amor. 
- Você vai aceitar mudar um pouco? – pergunto, achando impossível tudo isso. Tenho tanta vontade de chorar. - Abra seu coração, aceitação é a chave para ser verdadeiramente livre. 
- Você vai fazer o mesmo por mim? Vai tentar mudar um pouco, vai tentar ver que não sou o vilão da historia? A vida, o que aconteceu comigo fez isso comigo. Eu me transformei nisso, tente aceitar o que eu sou. 
- Eu te amo, não posso negar, mas não sei se consigo ver você matando alguém a sangue frio. 
- Não vou fazer isso na sua frente. 

LETRAS DE KATY PERRY NA HISTÓRIA! DARK HORSE - UNCONDITIONALLY - E.T
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